Por Eric Vazzoler
Você sabe qual é o valor da Comunicação Interna? Quais benefícios essa atividade entrega para a empresa? Você consegue demonstrar esse valor para a diretoria?
Segundo pesquisas nacionais e internacionais, mostrar o valor da comunicação interna e fortalecer o papel estratégico do setor ainda é um dos maiores desafios enfrentados pelos profissionais da área.
Será que é por que os benefícios de uma boa comunicação interna são intangíveis, de difícil percepção e mensuração?
Bom… chega de perguntas.
Estudamos o que dois grandes profissionais dessa área falam sobre o valor da comunicação interna e o que fazer para melhorá-lo e evidenciá-lo, tanto através de visões estratégicas, quanto de melhores práticas. Espero que goste! 🙂
1 – Estar Ciente do Real Valor da Comunicação Interna
Para Bill Quirke, autor do livro “Making the Connections”, o primeiro passo é estar ciente do valor que a comunicação interna pode criar para a empresa, e não apenas do que é esperado pela liderança, que muitas vezes é visto apenas como um “distribuidor de mensagens”.
Quirke fala: “o valor que a comunicação pode adicionar é imenso – mudanças mais rápidas, mais flexibilidade e inovação, decisões com mais qualidade, melhor compartilhamento do conhecimento e uma força de trabalho mais motivada”.
Já Alejandro Formanchuk, em seu excelente artigo “El Modelo de las 7 Dimensiones”, conclui dizendo que a função da CI é fazer que as pessoas:
- Saibam fazer suas tarefas
- Saibam porquê fazê-las e valorizem esses objetivos
- Saibam como fazê-las e formem a cultura da empresa
- Que estejam motivadas a fazê-las
- Saibam como a fizeram
- E proponham formas de fazê-la melhor
2 – Tratar a Comunicação como um Processo Cíclico
Tanto para Bill, quanto para Alejandro, a chave para elevar o valor da comunicação interna é tratá-la como um processo.
Quirke fala que a comunicação é um “círculo virtuoso” que envolve 7 elementos conectados e que devem ser trabalhados continuamente: a Estratégia, a Liderança, o Planejamento, o Gerenciamento dos Canais da CI, o Papel da Comunicação, a Comunicação face-a-face e a mensuração do impacto.
Formanchuk vai além. Para ele, este processo cíclico forma uma espiral, e não um círculo, pois ao longo do caminho a comunicação deve melhorar continuamente.
3 – Alinhar a Estratégia da Empresa com a Estratégia da Comunicação
“Para as estratégias da empresa serem bem-sucedidas, as pessoas precisam entender o que é estratégia, o contexto desta estratégia e a razão por trás dela. Elas precisam conhecer seus papéis e as ações específicas que precisam tomar em direção às estratégias.” – Bill Quirke
Para os colaboradores do topo da cadeia hierárquica, a missão da empresa está sempre à vista. Para eles é fácil visualizar a importância de seus papéis e tomar decisões alinhadas às estratégias da companhia. Para os demais colaboradores, muitas vezes esta ligação não é tão óbvia assim e, novamente, acontece o indesejado “efeito irrigação”.
Portanto, uma prática que gera muito valor à função de comunicação é sempre estar alinhados às estratégias da empresa, e criar um plano de ações embasado nelas.
4 – Transforme a Estratégia em Ação!
A principal ideia defendida no livro de Bill, assim como no artigo de Alejandro, é que a Comunicação é essencial para o funcionamento da organização e para fazer as estratégias saírem do papel. Para isso, é necessário enxergar ela como uma função que auxilia as pessoas a converterem informações em ações.
“a comunicação da organização deve ser capaz de auxiliar os colaboradores a compartilhar conhecimento e informação, extrair o significado destas informações e tomar decisões que acrescentam valor.”
Quirke diz que não é suficiente apenas fornecer conteúdo, é necessário fornecê-lo sempre em contexto. Além disso, é importante sempre conversar e reunir feedbacks dos colaboradores para garantir que estes conteúdos foram entendidos como o esperado.
5 – Aplique as Boas Práticas do Setor
Este 5° passo, na realidade, contém outros 22 passos 🙂
E não se trata de “tomar o medicamento de outra pessoa”. Se trata de estudar e analisar as boas práticas do mercado e adaptá-las às necessidades e à cultura de sua empresa.
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