Por Higor Lima
Ouça o Progicast na íntegra, é só dar o play 😉
A depressão já foi considerada o mal do século e o individualismo está cada vez mais presente no nosso dia a dia.
Segundo pesquisa, a solidão é o maior risco para o futuro dos jovens e adultos e por isso é tão importante que as empresas pensem tanto em relacionamento humano, como na saúde mental de seus colaboradores.
No quinto programa dessa temporada do Progicast, conversamos durante o Concarh 2019 com o Dr. Fabiano Moulin de Moraes sobre saúde mental e física dos colaboradores.
Essa preocupação não só evita que as pessoas desenvolvam quadros preocupantes de depressão e outras doenças “não visíveis”, como também trabalha o engajamento, desempenho e satisfação com o ambiente corporativo.
Saúde Mental dos Colaboradores – Confira alguns trechos da conversa!
Progic – Por que é tão importante falar de saúde no ambiente corporativo?
Fabiano – No dia a dia a gente considera saúde como silêncio do corpo. Se eu não reclamo é porque estou saudável. E não é assim, esse comportamento vem fazendo com que a gente tenha uma epidemia de outras doenças como depressão, ansiedade, desatenção até no envelhecimento, quando envelhecemos, como Alzheimer e outras. […] Do mesmo jeito que felicidade não é só ausência de tristeza, saúde não é só ausência de doença. Saúde, na verdade, é eu trazer para a minha rotina a rédea e a responsabilidade pela minha vida.
Progic – Como as empresas podem ajudar na saúde dos colaboradores?
Fabiano – Na prática, conhecimento não é suficiente para ação. Não passamos a fazer porque pensamos sobre, fizemos no impulso. Muito das nossas práticas envolvem nosso ambiente, o que estamos acostumados. As empresas podem fazer trabalho genial, falando sobre assunto riquíssimo. Como o ambiente influencia nossa tomada de decisão. Trabalhamos muito e tem dicas absolutamente simples: a mera forma que a empresa me apresenta um desconto na academia pode influenciar eu ir ou não.
Progic – O desgaste da saúde mental já é uma porta aberta para depressão?
Fabiano – O esvaziamento de olho no olho o leva para o ambiente de suicídio. Quanto mais informações meu cérebro tem, menos controle eu tenho dele. Você vai se esvaziando de propósito e vendo essa maneira de ser feliz de maneira falsa. Depressão é a perda de sentido, de vontade, de mínima semelhança do que quero ser e do que sou.
Ouça a conversa na íntegra e saiba mais sobre como ser feliz no trabalho.
Sobre o convidado: Fabiano Moulin de Moraes
Dr. Fabiano Moulin de Moraes é especialista em Neurologia do Comportamento e da Cognição. Membro titular da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), além de ser médico professor na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
LinkedIn: Fabiano Moulin de Moraes
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