Por Cleide Cavalcante

O mês da mulher nos convida a refletir sobre a jornada feminina no mercado de trabalho. Uma jornada marcada por conquistas, mas também por disparidades salariais, sub-representação em cargos de liderança e a constante necessidade de provar o próprio valor. Tudo isso parece “notícia velha”, mas, infelizmente, não é. E, em meio a este cenário, dados e diálogos são ferramentas essenciais para transformar a realidade.

A Progic, por exemplo, demonstra seu compromisso com a igualdade de gênero ao lançar o ProgiD’elas, iniciativa da área de Gente e Gestão, liderada por Nayra Cattarin. Um podcast que abre espaço para as mulheres da empresa compartilharem suas experiências e perspectivas. Os episódios, disponíveis para o mercado no YouTube, são um exemplo de como as empresas podem criar ambientes de diálogo e reflexão sobre questões importantes para o universo feminino.

Mas, para além das iniciativas individuais, é preciso analisar o panorama geral. Qual é a real situação da mulher no mercado de trabalho? Quais são os dados que comprovam as desigualdades salariais e a sub-representação em cargos de liderança?

Números que contam a história

A participação das mulheres na força de trabalho global tem aumentado ao longo das décadas, reconhecemos, mas ainda está longe de atingir a paridade com os homens. De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), “as mulheres representam cerca de 39% da força de trabalho global“. Ainda!

Essa porcentagem varia significativamente entre os países e regiões. Em países como Islândia, Noruega e Suécia, a participação feminina no mercado de trabalho é alta, impulsionada por políticas públicas que promovem a igualdade de gênero. Já em países como Afeganistão, Paquistão e Arábia Saudita, a participação feminina é baixa, devido a barreiras culturais e sociais que limitam o acesso das mulheres à educação e ao emprego.

No Brasil, a participação feminina no mercado de trabalho tem crescido nos últimos anos, mas ainda enfrenta desafios. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), “as mulheres representam cerca de 44% da força de trabalho brasileira“.

“Mulheres ganham, em média, 77 centavos para cada dólar ganho por um homem…

Apesar de representarem uma parcela significativa da força de trabalho, as mulheres ainda enfrentam uma disparidade salarial alarmante em relação aos homens. Essa diferença, que persiste em praticamente todos os setores e países, é uma das maiores injustiças do mercado de trabalho. Pesquisas de mercado revelam que a diferença salarial entre homens e mulheres pode variar de 20% a 30%, dependendo do setor e do nível hierárquico. De acordo com um relatório da Glassdoor, “as mulheres ganham, em média, 77 centavos para cada dólar ganho por um homem“.

Esta disparidade se agrava em cargos de liderança e em setores tradicionalmente masculinos. De acordo com um estudo da Catalyst, “as mulheres em cargos de gestão sênior ganham, em média, 26% menos que os homens em cargos equivalentes“. Desigualdade salarial com impacto significativo na vida das mulheres, limitando seu poder de compra, sua capacidade de investir em sua educação e carreira e sua segurança financeira na aposentadoria.

É neste contexto que a voz de Melinda Gates se torna ainda mais relevante. Como cofundadora da Fundação Bill e Melinda Gates, ela tem defendido a importância de investir em mulheres e meninas para impulsionar o desenvolvimento global. “Quando investimos em mulheres e meninas, investimos no futuro de todos“, afirma Melinda, ressaltando o impacto positivo do empoderamento feminino em todas as esferas da sociedade.

Sub-representação na liderança:

Um teto de vidro que precisa ser quebrado

Outro desafio para as mulheres no mercado de trabalho é a sub-representação em cargos de liderança. Apesar de representarem uma parcela significativa da força de trabalho, as mulheres ocupam apenas uma pequena parcela dos cargos de gestão e direção nas empresas. De acordo com um relatório da McKinsey, “as mulheres ocupam apenas 21% dos cargos de gestão sênior em empresas ao redor do mundo“. Essa falta de representatividade limita o poder de influência das mulheres nas decisões estratégicas e na definição das políticas corporativas.

Sub-representação ainda mais evidente em setores como tecnologia, finanças e engenharia. De acordo com um estudo da Deloitte, “as mulheres representam apenas 25% da força de trabalho no setor de tecnologia“. A falta de diversidade na liderança pode levar a decisões enviesadas, falta de inovação e perda de oportunidades de mercado.

É nesse ponto que a mensagem de Sheryl Sandberg ganha força. Além de ser a COO do Facebook, Sheryl é uma voz influente na luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho. Em seu livro “Faça Acontecer”, ela incentiva as mulheres a serem mais ambiciosas e a não terem medo de assumir riscos. A mensagem é um chamado para que as mulheres superem os obstáculos internos e externos que dificultam sua ascensão profissional.

Ações transformadoras: rumo a um futuro mais justo e igualitário

Diante deste cenário, é fundamental que as empresas, os governos e a sociedade como um todo adotem medidas concretas para promover a igualdade de gênero no mercado de trabalho. Algumas ações que podem gerar resultados positivos incluem:

  • Implementar políticas de transparência salarial: divulgar os salários dos funcionários, garantindo que homens e mulheres recebam o mesmo salário por trabalho igual.
  • Oferecer licença-parentalidade igualitária: permitir que pais e mães tenham o mesmo tempo de licença para cuidar dos filhos, incentivando a divisão das responsabilidades familiares.
  • Criar programas de mentoria e patrocínio: apoiar o desenvolvimento profissional das mulheres, conectando-as a líderes experientes que possam orientá-las e defendê-las.
  • Combater o viés inconsciente: treinar os funcionários para identificar e superar os preconceitos que podem influenciar as decisões de contratação e promoção.
  • Investir em creches e programas de apoio à família: facilitar a conciliação entre carreira e família, permitindo que as mulheres se dediquem ao trabalho sem culpa.
  • Promover a diversidade e a inclusão: criar um ambiente de trabalho onde todas as pessoas se sintam valorizadas e respeitadas, independentemente de seu gênero, raça, orientação sexual ou origem social.

O futuro do trabalho: um cenário de igualdade e oportunidades

O futuro do trabalho será cada vez mais moldado pela diversidade, pela inclusão e pela igualdade de gênero. As empresas que souberem valorizar e aproveitar o talento feminino terão uma vantagem competitiva significativa em relação às demais.

A tecnologia também desempenhará um papel importante na promoção da igualdade de gênero. O trabalho remoto, a inteligência artificial e outras ferramentas digitais podem abrir novas oportunidades para as mulheres, permitindo que elas conciliem a carreira com a vida pessoal e superem as barreiras geográficas e culturais.

A luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho é uma jornada contínua, que exige compromisso, perseverança e a participação de todos. Como comunicadores, temos o poder de influenciar a opinião pública, de dar visibilidade às histórias de sucesso e de denunciar as injustiças. É nesse contexto que a voz de Malala Yousafzai se torna ainda mais inspiradora. A ativista paquistanesa, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, tem lutado pelo direito das meninas à educação. “Um livro, uma caneta, uma criança e um professor podem mudar o mundo“, defende Malala, ressaltando o poder da educação para transformar vidas e sociedades.

Que este artigo sirva de inspiração para que possamos usar nossas vozes e nossos talentos para construir um mercado de trabalho mais justo, igualitário e inclusivo para todas as mulheres. E que o ProgiDelas, da Progic, seja um exemplo de como as empresas podem promover o diálogo e a reflexão sobre questões importantes para o universo feminino.

E para você, qual é a sua visão em relação a este tema e como tem visto, na prática, sua aplicação? Conta pra mim!

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Escrito por Cleide Cavalcante

Gerente de Comunicação e TV Corporativa, há 16 anos mudou o rumo da carreira para trabalhar com o que mais gosta: tecnologia, inovação e comunicação interna. Ao longo deste tempo, foram mais de 350 canais digitais implantados - TV Corporativa e apps - com sucesso. E, entre um job e outro, a vida flui intensamente em meio a livros, à natureza e aos pets de estimação.
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