Série Sessão Terapia – Depressão no Trabalho

Assista o webinar pelo player abaixo, ou se preferir, ouça a entrevista em formato de podcast, buscando por “Progicast” na sua plataforma de streaming preferida!

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Olá! Tudo bem por aí?

A depressão já é considerada o mal do século e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país com maior número de depressivos nas Américas, com 5,8% da população, ficando atrás somente dos Estados Unidos.

No episódio de hoje da Sessão Terapia, vamos entender um pouco mais sobre a relação da Depressão no Ambiente de Trabalho e a forma com que ela se manifesta e interfere na vida profissional.

No bate papo, participam as convidadas:

Formada em engenharia, Sayra passou por uma fase de depressão forte em sua vida causada não só por problemas pessoais, como também pelas condições de trabalho em que estava inserida. Após ser demitida ao voltar de uma licença maternidade, Sayra abriu um canal no Youtube, chamado “Leve a Vida Leve” e por lá compartilha experiências e aprendizados que vem tendo na sua segunda formação na escola de Psicologia.

Mestre em psicologia e diretora no Grupo Educativa – uma empresa de treinamentos de aperfeiçoamento em psicologia, Maria tem um canal no Youtube chamado “Dicas da Psi” e mentora de treinamentos para que profissionais da psicologia se aperfeiçoem em suas atuações.

Depressão no Ambiente de Trabalho – Introdução por Patrícia Lenine

Vivemos um ano com a maior crise sanitária da nossa história recente. De um momento para o outro vimos nossa liberdade cerceada e fomos impedidos de seguir o que era a “rotina”.

Todos vivemos acontecimentos difíceis e desagradáveis como a morte de um ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os desentendimentos familiares, as dificuldades econômicas etc. E experimentamos momentos de tristeza. Diante das adversidades, nós sofremos, ficamos tristes, mas encontramos uma forma de seguir em frente.

A depressão pode ser descrita como uma tristeza patológica. É doença psiquiátrica que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto e desesperança. Nos quadros de depressão, a tristeza não dá tréguas, mesmo que não haja uma causa aparente. Desaparece o interesse pelas atividades que antes davam satisfação e prazer e a pessoa não tem perspectiva de que algo possa ser feito para que seu quadro melhore.

Não é falta de vontade ou moleza, é uma doença e precisa ser tratada. No trabalho ela pode aparecer como um “descaso” pelas entregas e compromissos. E aquele que era um excelente jogador de equipe, parece que não existe mais… Converse com a pessoa e sinalize o que está vendo. Muitas vezes o outro pode funcionar como um espelho, para nos ajudar a ver que não estamos bem. E quem sabe, isso possa ser um caminho para que a pessoa busque um tratamento.

As duas principais formas de tratamento para a depressão são a psicoterapia e os medicamentos. Algumas vezes, para reverter os sintomas se faz necessário o uso de medicação antidepressiva. Contudo quando nos sentimos melhor não devemos parar de tomar a medicação por conta própria, é preciso falar com seu médico. A retirada precoce da medicação pode prejudicar a evolução do tratamento.

A terapia tem se mostrado um método muito efetivo para auxiliar a sair de um quadro depressivo, assim como a entender suas causas e poder prevenir recaídas. Mas deixamos algumas dicas que podem ajudar durante o tratamento para a depressão:

• Pratique exercício físico;
• Não se exija demais, tenha metas que caibam na sua capacidade;
• Tente passar tempo com outras pessoas;
• Peça ajuda! É um sinal de força quando mostramos nossas fraquezas;
• Espere o seu humor melhorar gradualmente, não imediatamente;
• Adiar decisões importantes, como se casar ou se divorciar, ou mudar de emprego até que você se sinta melhor.

Você não precisa sofrer sozinho, peça ajuda, faça terapia.

Patrícia Lenine é psicóloga (CRP/RJ 20557) no Zero Barreiras, uma plataforma de atendimento psicológico online no mercado há mais de 4 anos que acredita na democratização da saúde mental, através de atendimento com qualidade e preços populares.

Todos os profissionais da rede são credenciados nos Conselhos Regionais e, 40% com mais de 15 anos de experiência. Atuando com grandes empresas e compra direta no site, a Zero Barreiras preza pela escuta ativa, praticidade, equipe técnica e curadoria próxima, através de grupos de supervisão.

O convívio com quem tem crises emocionais

Desde muito tempo, há preconceito em torno das condições apresentadas por pessoas com problemas de saúde mental. Termos com conotações pejorativas foram atribuídos aos transtornos mentais e perduram até os dias atuais.

• “Essa pessoa é louca, deveria estar no manicômio!”
• “Não me envolvo com gente perigosa. Ela sempre tem uns surtos.”
• “Isso é falta de Deus no coração. Precisa rezar mais!”
• “Quanta frescura! Falta uma pia cheia de louça pra lavar, hein?!”

A falta de informação nestes casos passa a ser a maior vilã no tratamento e no convívio de pessoas com crises emocionais. Não saber sobre algo e julgar pode ser o gatilho para piorar o quadro emocional de quem passa por situações como as citadas acima.

Mas, então, como posso ajudar meu colega de trabalho que está passando por um período conturbado?

Bem, o primeiro passo é: informe-se! Conhecer o mínimo sobre a situação que seu colega está passando já te gera o mínimo de empatia. Ninguém precisa ser expert no assunto, mas saber o necessário para identificar quando alguém está passando por uma crise aguda ou apresenta sintomas de algum problema emocional, já facilita no relacionamento.

Ouça e não tente dar a solução para tudo. Às vezes, quando alguém nos procura para conversar, ela não está em busca de respostas, apenas de uma válvula de escape emocional. O diálogo para o convívio harmônico no ambiente de trabalho é essencial e o carinho manifestado em forma de escuta pode ajudar muito quem está com problemas emocionais.

Outro importante comportamento para melhorar o convívio no trabalho é estimular a busca de ajuda profissional. Nem todo mundo tem a consciência de que, assim como doenças físicas, as mentais também precisam de tratamento profissional.

E, por fim, mas não menos importante, cuide com as palavras ditas. Por impulso, acabamos falando certas coisas que podem machucar o colega de trabalho. E não que esse comportamento seja intencional, mas na busca por achar as palavras certas, acabamos dando ainda mais gatilhos.

Alguns exemplos de frases a serem evitadas:

• “Às vezes me sinto assim também e depois passa.”
• Você está querendo chamar a atenção.”
• “Você está vendo problema onde não existe.”
• “Tente ocupar sua mente com outras coisas.”

Dicas de Endomarketing e Materiais de Apoio

Para promover o bom convívio entre os colegas de trabalho e estimular o bem-estar do colaborador, divido com vocês algumas dicas de campanhas de endomarketing. São elas:

1. Pílulas de Ânimo

Uma ação bem simples de ser feita é através de mensagens positivas destinadas aos colaboradores. Elas podem ser entregues individualmente acompanhas de um chocolate, colocadas em frascos com bala imitando a embalagem de medicamentos com nomes descontraídos como “Dose de Alegria”, ou colocadas em uma urna instalada em local de livre circulação, para que as pessoas passem por ela e retirem uma mensagem.

A ideia aqui é reforçar a mensagem de que cada vida importa!

2. Rodadas de Conversa

Boa parte das pessoas acham que os problemas só acontecem com elas e, muitas vezes, não enxergam que pessoas ao redor podem estar passando por situações semelhantes.

Buscar o apoio no ambiente de trabalho e estimular o diálogo entre as pessoas do escritório pode ser uma ação para melhorar o clima organizacional e estimular a integração.

3. Correio do Feedback

As causas que levam as pessoas ao estado de depressão são variadas, mas trabalhar o reconhecimento pode ser uma das soluções para que a pessoa que passa por essa instabilidade emocional se sinta acolhida de alguma forma.

Crie em um espaço de uso coletivo da sua empresa um mural de envelopes que servirá como espécie de correio. Nomeie cada envelope colado nesse mural com os nomes dos colaboradores e eles servirão para que os demais enviem mensagens de carinho, apoio e afeto.

Além dessas dicas de endomarketing, vale compartilhar também alguns materiais de apoio para conhecer mais sobre a depressão. São eles:

4. Canal “Leve a Vida Leve”

Quem acompanhou a entrevista da Sessão Terapia viu que a convidada Sayra tem um canal no Youtube para falar sobre saúde mental e compartilhar suas experiências com a depressão.

Canal no Youtube | Perfil no Instagram

5. Treinamentos Grupo Educativa

Nossa outra convidada, Maria Angélica, também faz parte de um time de profissionais qualificadas para falar sobre saúde mental.

Se você é profissional da Psicologia, não deixe de conhecer os treinamentos (pagas e gratuitos) do Grupo, além de acompanhar todo o conteúdo disponível no canal “Dicas da Psi”, com informações sobre doenças relacionadas a mente.

Site Grupo Educativa | Canal no Youtube | Perfil no Instagram

6. Livro “O lado bom da vida”

Com uma versão em filme também, a história do “O Lado Bom da Vida”, é classificado como uma comédia romântica, mas traz reflexões bem interessantes sobre enfrentar problemas, usar o passado como lugar de aprendizagem e a dificuldade do convívio social de pessoas com saúde mental.

Mas melhor do que eu contar a história, compartilho essa análise do ponto de vista psicológica feita pelo profissional Leonardo Teixeira.

7. Documentário “Not Alone”

Lançado em 2007 e dirigido por Jacqueline Monetta e Kiki Goshay, o documentário “Not Alone” é uma aula para enter mais sobre depressão e seus sintomas.

Tendo como enredo a perda de sua melhor amiga por suicídio, a jovem Jacqueline Monetta faz diversas entrevistas com pessoas em diferentes estágios de depressão para compreender melhor sobre a doença.

De acordo com a crítica de Êrica Blanc, “Not Alone nos faz pensar, mas também ajuda quem está passando pela mesma situação. Inclusive, cita várias formas de pedir socorro. Portanto, o documentário funciona bem para os dois tipos de pessoa. Aqueles que não conseguem entender como a depressão funciona e gostariam de saber mais. E aqueles que vivem com isso, precisam de ajuda e não sabem como agir”.

8. Filme “Divertida Mente”

Essa animação já se tornou um clássico da Disney e, apesar de não estar interligada com o ambiente de trabalho, é uma ótima maneira para compreender de forma lúdica como funciona nossas emoções através da personagem Riley, que tem apenas 11 anos de idade.

O filme é muito fofo e a mensagem que ele passa é mais importante ainda.

Trabalhe a saúde mental dos colaboradores através da campanha Janeiro Branco. Baixe gratuitamente um kit de materiais de endomarketing para a data clicando no banner abaixo.

No kit você terá: Cartaz para Mural Impresso, Flyer informativo, Imagens para Redes Sociais, Adesivos, Cards de atividades, Template para TV Corporativa, entre outros.