Por Autor Convidado
Foi-se o tempo em que simples comunicados internos, no formato textual, supriam a necessidade informativa dos funcionários nas organizações. Diariamente, os colaboradores já chegam às empresas muito bem informados e tem sua atenção disputada por diversas fontes, como whatsapp, imprensa, blogs e sites.
Como conquistar, além da atenção, a mente e o coração desse funcionário tão conectado?
Henry Jenkins usa o conceito de “mídia propagável” e ele pode ser um diferencial na hora de criar conteúdos, especialmente para as TVs Corporativas.
Vamos então conhecer as suas características e como isso pode nos ajudar no processo de comunicação com funcionários.
A primeira característica que um conteúdo precisa ter para ser facilmente propagável e gerar engajamento, para Jenkins, é a disponibilidade, ou seja, o público precisa ter fácil acesso a ele. Um exemplo é a instalação de TVs corporativas nos pontos com maior índice de circulação dos colaboradores, aumentando assim, a taxa de exposição.
Um segundo atributo seria a portabilidade, ou seja, possibilidade de levar essa mídia para diversas plataformas. Muitas vezes, as campanhas não são atraentes exatamente devido à falha de planejamento. Então, ao planejar uma data temática ou ação, considere a perspectiva da comunicação integrada e as especificidades de cada plataforma e linguagem.
Pense que cada canal tem suas características, mas que precisa haver uma sinergia na mensagem que passa nas TVs Corporativas e na intranet, por exemplo.
Uma terceira dica é fazer links e reutilizar os conteúdos, ou seja, os materiais publicados precisam ser bons e atraentes o suficiente para gerar novas conversas em outros canais. Jenkins também nos fala que para gerar engajamento, os conteúdos precisam ser relevantes para diversos públicos.
Considerando que cada empresa é formada por um mosaico de subculturas, faça um mapeamento dos perfis dos stakeholders, seus hábitos e preferências. Não esqueça: o conteúdo, ainda que corporativo, precisa falar a língua do público para o qual se dirige e que dificilmente apenas uma forma de comunicação abrange todos os setores ao mesmo tempo. Invista na segmentação e na comunicação multiplataforma.
Além de todas essas questões e cuidado com o planejamento e conteúdo, as campanhas precisam, além de sinergia, de um suporte audiovisual.
Muito além de palavras, o uso de imagens cativa e humaniza a estratégia de comunicação corporativa focada no desejo de estimular o senso de pertencimento e os valores estratégicos.
Confira alguns tipos de conteúdos que podem aumentar a taxa de engajamento nas tvs corporativas:
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- Campanhas baseadas no storytelling;
- Investimento em infografia e recursos gráficos, especialmente motion design;
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- Uso de ícones;
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- Transmissão dos valores corporativos usando vídeos curtos e animações;
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- Mensagens simples, curtas e diretas, em linguagem informal;
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- Imagens de colaboradores, como sujeitos das campanhas;
- Inclusão na pauta de temas do cotidiano e dicas.
Muito mais que palavras, as campanhas de endomarketing focadas no uso das tvs corporativas como um dos canais exige planejamento, produção de conteúdos adequados, segmentados e em sinergia com as demais plataformas.
Lembre-se que uma campanha terá mais chance de sucesso se a mensagem for transmitida de forma humanizada, integrada e com recursos audiovisuais atraentes.
Até a próxima!
Isabela Pimentel
Especialista em Comunicação Integrada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Jornalista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Bacharel e Licenciada em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
A Comunicação Integrada é uma empresa de Cursos e Soluções que tem como propósito ajudar estudantes, recém-formados e profissionais de mercado a construir projetos que transformem a realidade fragmentada das empresas, através do compartilhamento de conteúdos diferenciados e práticos em aulas online, presenciais, workshops e palestras.