Por Autor Convidado
Acabar com comunicação interna pode parecer uma hipótese improvável, mas convido você a fazer esse exercício:
Imagine que, a partir de agora, a sua empresa não contará mais com nenhuma ação estruturada de Comunicação Interna.
- Não há mais comunicados.
- Não há mais alinhamento entre áreas.
- Não há mais espaços de escuta ou construção conjunta.
- Não há mais uma estratégia de canais, de mensagens, de conversas com o time.
Por quanto tempo esse negócio conseguiria funcionar assim? E mais importante: com que qualidade?
A ausência da Comunicação Interna não levaria a empresa à falência imediata, é verdade. Aliás, muitas empresas seguem existindo sem uma área ou atividade formal de Comunicação Interna.
Mas há uma diferença importante: elas funcionam — só que funcionariam muito melhor com essa prática estruturada.
Sem Comunicação Interna, o ruído ganha força.
Boatos preenchem o vazio deixado pela ausência de informação clara. A insegurança vira parte do clima.
E cada liderança passa a atuar com sua própria interpretação dos fatos, abrindo espaço para desalinhamento, conflitos e decisões incoerentes.
A cultura, que precisa ser fortalecida todos os dias, começa a se dissolver nas prioridades operacionais.
As áreas de RH, Saúde, Segurança, Qualidade e Operações, por exemplo, que precisam dialogar com os colaboradores, perdem seu canal de contato direto.
A escuta desaparece, e com ela, a capacidade de ajustar rotas com base na percepção de quem realmente está vivendo o dia a dia da empresa.
Tudo isso não acontece de um dia para o outro. Mas acontece.
A Comunicação Interna, quando bem pensada e bem aplicada, não é só um apoio. É um pilar. Ela sustenta o clima organizacional, fortalece a liderança, constrói pontes entre áreas e dá sentido ao trabalho que cada pessoa executa.
Empresas de todos os tamanhos, e dos mais diversos segmentos, têm algo em comum: são feitas por pessoas. E pessoas precisam de direção, clareza, coerência e espaço para se expressar.
A Comunicação Interna é o que organiza esse fluxo. É o que faz com que o “dizer” e o “fazer” da empresa caminhem juntos.
Por isso, a pergunta que fica não é: “a empresa precisa de Comunicação Interna?” Mas sim: “como estamos tratando essa atividade dentro da nossa organização?”
Se a resposta for “de qualquer jeito”, talvez já estejamos vivendo, silenciosamente, as consequências de sua ausência.
Espero que seja uma boa reflexão
Fábio Di Renzo é publicitário, especialista em Gestão de Pessoas, Marketing e Comunicação Empresarial. Com mais de 25 anos de experiência em multinacionais, atua em Comunicação Interna, Endomarketing e Eventos. Fundador da Novembro 4, é professor na ABERJE, palestrante e colunista do O ABC da Comunicação.
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