Por Cleide Cavalcante

No centro das transformações que permeiam o ambiente corporativo contemporâneo, uma questão persistente e frequentemente subestimada desafia processos, gestão e a inovação das organizações: o etarismo. Esta forma de discriminação, que se manifesta tanto contra profissionais com mais de 50 anos quanto em relação às novas gerações que chegam ao mercado de trabalho, munidas de habilidades digitais inatas e perspectivas revolucionárias, é um reflexo de preconceitos, medos infundados e uma compreensão limitada da importância da diversidade e da inclusão.

Mas engana-se quem pensa que a complexidade do etarismo limita-se à mera questão da idade. Ele nasce em percepções equivocadas, onde o valor de um profissional é medido por critérios obsoletos, ignorando-se o potencial inerente à diversidade etária. A psicóloga organizacional Ana Beatriz Barbosa, na Harvard Business Review, enfatiza que o medo de ser substituído — seja por alguém mais jovem, seja por alguém mais adaptado às novas tecnologias — pode incitar comportamentos discriminatórios, comprometendo não apenas a cultura organizacional, mas também a capacidade de inovação.

A discussão sobre o etarismo ganha terreno com perspectivas de futuristas e especialistas comportamentais, que veem na diversidade etária não um desafio, mas uma oportunidade. O futurista Gerd Leonhard declarou, no TEDx Talk “O futuro do trabalho e a Era da Inclusão”, que a inclusão de diferentes gerações no local de trabalho é fundamental para fomentar a criatividade e resolver problemas complexos. A diversidade etária, segundo ele, é um catalisador para o pensamento inovador, essencial em uma era definida pela mudança acelerada.

Pesquisas acadêmicas corroboram essa visão, demonstrando que equipes compostas por membros de diferentes faixas etárias tendem a ser mais criativas e inovadoras. Estudo publicado no Journal of Organizational Behavior revelou que a diversidade etária pode significativamente melhorar o desempenho corporativo, especialmente em tarefas que requerem inovação e criatividade. Ou seja, ao invés de ser vista como um obstáculo, a diversidade etária deve ser celebrada como um ativo estratégico.

A discriminação por idade pode se manifestar de diversas formas, incluindo:

  • Negação de oportunidades de emprego ou promoção.
  • Assédio moral ou psicológico.
  • Treinamento e desenvolvimento inadequados.
  • Baixa remuneração e benefícios.
  • Exclusão de projetos inovadores.

Esses impactos podem causar danos psicológicos, perda de autoestima e frustração, além de prejudicar a progressão de carreira e a realização profissional. Reconhecer o problema do etarismo é apenas o primeiro passo. É primordial que as organizações adotem estratégias concretas para combatê-lo. Isso inclui a implementação de programas de sensibilização que destacam as consequências negativas do etarismo, iniciativas de mentoria reversa que promovem a troca de conhecimentos entre gerações e o desenvolvimento de políticas claras de inclusão que proíbam a discriminação por idade.

Unindo gerações: um olhar para a equidade etária no local de trabalho
A MANUTENÇÃO DE AMBIENTES SAUDÁVEIS DE TRABALHO

As empresas que se dedicam a superar esta questão não apenas melhoram seu ambiente de trabalho, mas também se posicionam para prosperar em um futuro marcado pela diversidade e pela mudança. A inclusão etária, longe de ser um ideal distante, é uma necessidade premente e um objetivo alcançável que promete transformar o mundo corporativo em um espaço onde cada indivíduo, independentemente da idade, é valorizado por suas contribuições e seu potencial de entrega.

Creio que o combate ao etarismo é mais do que uma questão de política corporativa; é uma questão de visão, liderança e, acima de tudo, humanidade. As organizações que lideram essa mudança não apenas definem o padrão para o futuro do trabalho, mas também demonstram real um compromisso profundo com os valores de diversidade, equidade e inclusão. Este é o momento para as empresas reavaliarem suas práticas, reconhecerem o valor da experiência combinada com a inovação e abrirem caminho para uma era de inclusão etária sem precedentes.

Valorizar a diversidade de gerações significa criar ambientes de trabalho acolhedores e integrativos. Investir em programas de treinamento, promover a comunicação aberta e construir uma cultura de respeito e colaboração são aspectos fundamentais para a manutenção de um local de trabalho que reconhece e valoriza o potencial de todas as gerações.

Nos próximos 10 anos, as organizações enfrentarão uma transformação sem precedentes no mercado de trabalho, impulsionada por avanços tecnológicos e uma reavaliação das expectativas profissionais por parte de todas as gerações. Este cenário desafiador exige uma abordagem diferenciada para abraçar a diversidade etária, não apenas como uma questão de conformidade ou responsabilidade social, mas como um elemento de base para a sustentabilidade e o sucesso empresarial a longo prazo.

Unindo gerações: um olhar para a equidade etária no local de trabalho

E aí, me conta como esta questão é trabalhada na sua empresa.

Espero que este artigo tenha trazido bons insights para você.

Um braço e até o próximo 🙂

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Escrito por Cleide Cavalcante

Gerente de Comunicação e TV Corporativa, há 16 anos mudou o rumo da carreira para trabalhar com o que mais gosta: tecnologia, inovação e comunicação interna. Ao longo deste tempo, foram mais de 350 canais digitais implantados - TV Corporativa e apps - com sucesso. E, entre um job e outro, a vida flui intensamente em meio a livros, à natureza e aos pets de estimação.
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